quinta-feira, abril 21, 2005

Benedictvm XVI

Apesar dos dois dias de atraso, penso que não devo deixar de expressar a minha opinião a respeito da recente eleição do novo Papa. Aproximadamente vinte e quatro horas após o início do Conclave, foi escolhido o cardeal Joseph Ratzinger para assumir as funções de líder máximo da Igreja, adquirindo o nome de Bento XVI. Tido por muitos como um conservador excessivo, o alemão foi ainda assim melhor opção do que os diversos cardeais progressistas, que se apresentavam favoráveis à implementação da prática do aborto. Provavelmente teria sido mais benéfica a escolha de um defensor de medidas intermédias (terceira via), que fosse, por exemplo, contra a liberalização do aborto, mas que considerasse normal o uso de preservativo como forma de evitar a propagação da SIDA. Pareceu-me também pouco correcto ter sido eleito um novo Papa com 78 anos de idade e com alguns problemas de saúde. Seria mais natural que se tivesse em vista uma maior longevidade do pontificado e que não se encarasse este como um momento de transição na Igreja. Nem tão pouco é justo que Ratzinger venha a ser recordado apenas como um momento de transição. Espero contudo que Bento XVI se torne em alguém tão adorado por todos como o foi o seu antecessor, João Paulo II. DN